Recém iniciou o ano e os números de mercado já trazem espaço para falarmos um pouquinho sobre projeções para o Comércio Internacional deste ano. É sabido que o Brasil segue, nos últimos anos, registrando recordes de movimentações de cargas, tanto nas importações como nas exportações, mas com as mudanças de governo, guerras internacionais e acontecimentos recentes o que podemos esperar para o cenário deste ano? Continue lendo e saiba como utilizar estas projeções a favor do seu negócio.
Em um contexto global, dois acontecimentos importantes impactaram e ainda causam impacto no Comércio Internacional: a invasão da Rússia ao território Ucraniano e pandemia Covid-19. Nas duas situações a cadeia de logística internacional sofreu rapidamente os efeitos negativos da escassez de containers para as operações de exportação e importação, inflação que assola economias estáveis como a do Estados Unidos e de alguns países da Europa, a disparada nos valores do frete marítimo, a queda do euro em relação ao dólar, a falta de insumos provenientes da Rússia e Ucrânia, a crise energética na Europa, entre outros. Todos estes acontecimentos ainda refletem diretamente nas negociações e movimentações em todo o mundo.
E quando o assunto é Brasil, como um país emergente, ainda temos um longo percurso a ser percorrido em relação ao Comércio Exterior, pois cabe ao setor público criar boas relações e acordos que possibilitem importações e exportações mais eficientes e menos burocráticas, podendo assim garantir que as empresas brasileiras disputem com maior paridade no cenário internacional. Hoje o Brasil ocupa a 25° colocação dentre os principais exportadores do mundo e a 27° colocação entre os maiores importadores – segundo dados da (OMC) Organização Mundial do Comércio.
2023: Ano Cheio de Desafios, porém com algumas Oportunidades
Segundo as projeções da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), a balança comercial do Brasil deverá apresentar em 2023 um saldo positivo de US$ 71,933 bilhões - apesar da estimativa do país exportar e importar menos. As exportações devem totalizar o marco de US$325,162 bilhões para este ano, porém é esperado uma queda de quase US$ 17 bilhões nas importações, conforme explica o presidente executivo da AEB, José Augusto de Castro:
“Um saldo de quase US$ 72 bilhões é um recorde brasileiro histórico, mas só se trata de superávit porque a queda nominal de quase US$ 17 bilhões das importações será maior do que a das exportações, de mais de US$ 7 bilhões.”
Um dos principais motivos desta análise e projeção é a esperada redução dos preços das commodities, que estiveram em alta no ano anterior (2022), e foram responsáveis pelos resultados positivos da balança comercial, em contrapartida aos pequenos volumes.
Como descrito no início deste texto, alguns outros fatores ainda podem afetar os resultados da balança comercial, como as elevações dos juros no exterior e as decisões da União Europeia sobre a definição de cobrança sobre importações. Já em relação às perspectivas dos diferentes modais para o ano, os importadores e exportadores vão conseguir “respirar melhor”, visto que as disputas por espaços em containers não serão tão acirradas, e pela possível diminuição dos blank sailings (termo referente a alteração parcial/total da rota do transporte marítimo de carga, resultando na atracação do navio em um porto ou até da viagem inteira em um local diferente do planejado).
Independente das projeções até aqui apresentadas, a ação mais importante é manter-se informado sobre o cenário internacional e contar com parceiros que podem te apresentar as melhores oportunidades de negócios. Você pode contar com a UWL no agenciamento das suas cargas, temos à disposição uma grande rede de parceiros (WCA) e sólidos relacionamentos com armadores e aeroportos em todo o MUNDO. Fale com o nosso time de especialistas.
Fontes referenciais:
AEB - Associação de Comércio Exterior do Brasil https://www.aeb.org.br/
Portal Digital – Comex do Brasil. https://www.comexdobrasil.com/
“Brasil pode aumentar saldo comercial em 2023 apesar de reduzir exportação e importação, segundo projeção da AEB”
Monitor Mercantil - Projeções para o Comércio Exterior em 2023. Por André Barros.